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Casa do Peter. O tal que levita.
Se não fosse a gravidade …. levitava. Mas quase … que levita.
Começo – sempre ou quase – por visitar o sítio. É lá que irá ficar e é necessário antever como ficará.
O sítio é no Gerês e como – quase – sempre lindo como só o Gerês consegue ser.
Do alto dominam as encostas e o espelho de água formado pela barragem.
O programa – simples, mas interessante – pretendia uma pequena casa de fim-desemana, o gozo da paisagem e o clima particular.
Por ali não há planos. A não ser que trabalhados a força braçal.
O terreno é desafiante e inspirador. Já lá estava a ideia.
A organização interna pedia que os espaços se abrissem sobre a paisagem e usufruíssem da sombra e do sol dependendo da época ou estação.
Sobre uma grande varanda coloquei volumes que se interligam em formas, volumes, abertos e fechados.
Abrem-se ou se fecham na procura de privacidade, mas também de interligação.
As coberturas em masseira identificam cada volume e cada espaço interno.
Circulamos à volta, pois a vivência exterior é tão desejada como a interior. Necessária e imprescindível.
Agarrada ao volume da pequena piscina a varanda levita sobre uma estacaria tipo mikado, em nada casual.
Madeira nas estruturas, contraplacados nos interiores, impermeabilizações em cobre.
Os muros de contenção serão ciclópicos e terão que aguardar pelos líquenes e patines que só o tempo domina.
FICHA TÉCNICA
Arquiteto: Carlos Castanheira
Escritório: CC&CB, Arquitetos, Lda.
Coordenador de projeto:
Diana Vasconcelos
Colaboradores:
Diana Velho, Nuno Rodrigues,
Rita Saturnino, Susana Oliveira
Modelação e renderings 3D:
Germano Vieira, Sara Noronha
Engenharia:
Estrutural: Paulo Fildalgo – HDP
Hidráulica: Pedro Nunes - D & C
HVAC: Pedro Coelho Lima – EPCL
Elétrica: Fernando Ferreira – Gatengel
Área de construção: 200 m2
Designação: Casa do Peter
Função: Habitação
Localização: Portugal,Vieira do Minho, Caniçada
Data Conclusão da Obra: Nov – Dez
CC&CB, Architects, Lda. - NA INTIMIDADE DO PROJECTO
Quase sempre, dos edifícios e dos projectos, se conhece só o construído ou o publicado.
Projectar só acontece na intimidade.
Projectar é uma receita que não se repete. Basta juntar uma grande quantidade de trabalho, muito rigor, às vezes, uma chávena de café ou de chá, por vezes whisky quanto baste, uma grande dose de paciência e uma pitada de originalidade e, quase sempre, perseverança, em exagero.
Não esquecer a cumplicidade do trabalho em grupo e sua hierarquia, a complexidade do simples, a desconfiança do evidente, a fuga à clareza do que parece óbvio.
Algumas vezes, uma pontinha de egoísmo é necessária, outras de altruísmo.
Sempre em pequenas doses, como o sal.
Mas nada mais gostoso do que projectar com gozo, roçando a felicidade.
Gozo pelo desenho, passando na poesia, ou solfejando. Mantendo a ilusão de que o projecto que se tem em mãos é o melhor, mas que ainda não é perfeito.
Outros se seguirão, diferentes, mas sempre melhores. Projectar, um exercício de intimidade para partilhar.
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Casa do Peter. O tal que levita.
Se não fosse a gravidade …. levitava. Mas quase … que levita.
Começo – sempre ou quase – por visitar o sítio. É lá que irá ficar e é necessário antever como ficará.
O sítio é no Gerês e como – quase – sempre lindo como só o Gerês consegue ser.
Do alto dominam as encostas e o espelho de água formado pela barragem.
O programa – simples, mas interessante – pretendia uma pequena casa de fim-desemana, o gozo da paisagem e o clima particular.
Por ali não há planos. A não ser que trabalhados a força braçal.
O terreno é desafiante e inspirador. Já lá estava a ideia.
A organização interna pedia que os espaços se abrissem sobre a paisagem e usufruíssem da sombra e do sol dependendo da época ou estação.
Sobre uma grande varanda coloquei volumes que se interligam em formas, volumes, abertos e fechados.
Abrem-se ou se fecham na procura de privacidade, mas também de interligação.
As coberturas em masseira identificam cada volume e cada espaço interno.
Circulamos à volta, pois a vivência exterior é tão desejada como a interior. Necessária e imprescindível.
Agarrada ao volume da pequena piscina a varanda levita sobre uma estacaria tipo mikado, em nada casual.
Madeira nas estruturas, contraplacados nos interiores, impermeabilizações em cobre.
Os muros de contenção serão ciclópicos e terão que aguardar pelos líquenes e patines que só o tempo domina.
FICHA TÉCNICA
Arquiteto: Carlos Castanheira
Escritório: CC&CB, Arquitetos, Lda.
Coordenador de projeto:
Diana Vasconcelos
Colaboradores:
Diana Velho, Nuno Rodrigues,
Rita Saturnino, Susana Oliveira
Modelação e renderings 3D:
Germano Vieira, Sara Noronha
Engenharia:
Estrutural: Paulo Fildalgo – HDP
Hidráulica: Pedro Nunes - D & C
HVAC: Pedro Coelho Lima – EPCL
Elétrica: Fernando Ferreira – Gatengel
Área de construção: 200 m2
Designação: Casa do Peter
Função: Habitação
Localização: Portugal,Vieira do Minho, Caniçada
Data Conclusão da Obra: Nov – Dez
CC&CB, Architects, Lda. - NA INTIMIDADE DO PROJECTO
Quase sempre, dos edifícios e dos projectos, se conhece só o construído ou o publicado.
Projectar só acontece na intimidade.
Projectar é uma receita que não se repete. Basta juntar uma grande quantidade de trabalho, muito rigor, às vezes, uma chávena de café ou de chá, por vezes whisky quanto baste, uma grande dose de paciência e uma pitada de originalidade e, quase sempre, perseverança, em exagero.
Não esquecer a cumplicidade do trabalho em grupo e sua hierarquia, a complexidade do simples, a desconfiança do evidente, a fuga à clareza do que parece óbvio.
Algumas vezes, uma pontinha de egoísmo é necessária, outras de altruísmo.
Sempre em pequenas doses, como o sal.
Mas nada mais gostoso do que projectar com gozo, roçando a felicidade.
Gozo pelo desenho, passando na poesia, ou solfejando. Mantendo a ilusão de que o projecto que se tem em mãos é o melhor, mas que ainda não é perfeito.
Outros se seguirão, diferentes, mas sempre melhores. Projectar, um exercício de intimidade para partilhar.
Publicado
Casa do Peter. O tal que levita.
Se não fosse a gravidade …. levitava. Mas quase … que levita.
Começo – sempre ou quase – por visitar o sítio. É lá que irá ficar e é necessário antever como ficará.
O sítio é no Gerês e como – quase – sempre lindo como só o Gerês consegue ser.
Do alto dominam as encostas e o espelho de água formado pela barragem.
O programa – simples, mas interessante – pretendia uma pequena casa de fim-desemana, o gozo da paisagem e o clima particular.
Por ali não há planos. A não ser que trabalhados a força braçal.
O terreno é desafiante e inspirador. Já lá estava a ideia.
A organização interna pedia que os espaços se abrissem sobre a paisagem e usufruíssem da sombra e do sol dependendo da época ou estação.
Sobre uma grande varanda coloquei volumes que se interligam em formas, volumes, abertos e fechados.
Abrem-se ou se fecham na procura de privacidade, mas também de interligação.
As coberturas em masseira identificam cada volume e cada espaço interno.
Circulamos à volta, pois a vivência exterior é tão desejada como a interior. Necessária e imprescindível.
Agarrada ao volume da pequena piscina a varanda levita sobre uma estacaria tipo mikado, em nada casual.
Madeira nas estruturas, contraplacados nos interiores, impermeabilizações em cobre.
Os muros de contenção serão ciclópicos e terão que aguardar pelos líquenes e patines que só o tempo domina.
FICHA TÉCNICA
Arquiteto: Carlos Castanheira
Escritório: CC&CB, Arquitetos, Lda.
Coordenador de projeto:
Diana Vasconcelos
Colaboradores:
Diana Velho, Nuno Rodrigues,
Rita Saturnino, Susana Oliveira
Modelação e renderings 3D:
Germano Vieira, Sara Noronha
Engenharia:
Estrutural: Paulo Fildalgo – HDP
Hidráulica: Pedro Nunes - D & C
HVAC: Pedro Coelho Lima – EPCL
Elétrica: Fernando Ferreira – Gatengel
Área de construção: 200 m2
Designação: Casa do Peter
Função: Habitação
Localização: Portugal,Vieira do Minho, Caniçada
Data Conclusão da Obra: Nov – Dez
CC&CB, Architects, Lda. - NA INTIMIDADE DO PROJECTO
Quase sempre, dos edifícios e dos projectos, se conhece só o construído ou o publicado.
Projectar só acontece na intimidade.
Projectar é uma receita que não se repete. Basta juntar uma grande quantidade de trabalho, muito rigor, às vezes, uma chávena de café ou de chá, por vezes whisky quanto baste, uma grande dose de paciência e uma pitada de originalidade e, quase sempre, perseverança, em exagero.
Não esquecer a cumplicidade do trabalho em grupo e sua hierarquia, a complexidade do simples, a desconfiança do evidente, a fuga à clareza do que parece óbvio.
Algumas vezes, uma pontinha de egoísmo é necessária, outras de altruísmo.
Sempre em pequenas doses, como o sal.
Mas nada mais gostoso do que projectar com gozo, roçando a felicidade.
Gozo pelo desenho, passando na poesia, ou solfejando. Mantendo a ilusão de que o projecto que se tem em mãos é o melhor, mas que ainda não é perfeito.
Outros se seguirão, diferentes, mas sempre melhores. Projectar, um exercício de intimidade para partilhar.