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Decorreu no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas, na passada quinta-feira, dia 17 de outubro. Na categoria "Habitação Unifamiliar" o vencedor foi "Casa na Cúria", Arquiteta Luisa Bebiano, atelier Luisa Bebiano Arquitectos.
O prémio foi entregue pelo Dr. Luís Roselló da Marlicel/Thalgo.
Casa na Cúria
De origem mediterrânica, o claustro assume, na Idade Média, o carácter de jardim fechado ou horto, simbolicamente conotado com o jardim paradisíaco da tradição bíblica, comportando igualmente funções de cunho utilitário, de recreio e de lazer. Durante os séculos XV e XVI o recinto claustral contrai uma feição humanista. 1
Situada num bairro residencial, num contexto rural em Anadia, esta habitação assume as características locais, como ponto de partida, destacando a paisagem e o edificado envolvente. Como premissas de projeto, havia a necessidade de se inserir num aglomerado habitacional, ter um piso superior com uma varanda voltada a sul e, em simultâneo, ter uma forte vivência interior, promovendo uma sensação de segurança. Assim, esta casa nasceu de dentro para fora, sendo o centro um espaço exterior, uma espécie de claustro, um momento de passagem e vivência, onde a relação com a natureza se faz num espaço aberto, mas encerrado por quatro galerias, com caráter de interior / exterior, num jogo de ar livre protegido. Este projeto junta o objeto arquitetónico do claustro, ao elemento construtivo da parede vazada, possibilitando uma maior ventilação e luminosidade, num espaço encerrado sobre si mesmo. Este elemento adicionado ao pátio é o Cobogó do modernismo arquitetónico brasileiro do século XX.
Esta habitação está alinhada segundo a orientação das construções preexistentes envolventes, dando uma continuidade de fachada no espaço público.
No piso térreo - garagem, arquivo, casa de máquinas e ateliers -, tem-se acesso ao pátio e às escadas de acesso ao piso superior. No piso superior, a área social (sala e cozinha) está orientada a Sudeste, e a área privada (quartos e instalações sanitárias) a nordeste.
Sendo uma zona argilosa, o tijolo, surge como o material construtivo que se liga ao local. A composição dos alçados é trabalhada plasticamente por forma a manter um diálogo de cheios e vazios, alternando panos de tijolo “cegos”, “vazados” e aberturas de vidro.
A estrutura da habitação é feita em betão armado. No piso térreo, as paredes interiores estão contruídas em blocos de betão à vista e no primeiro andar, de alvenaria de tijolo, garantindo sempre, paredes duplas, com isolamento térmico e uma caixa de ar no interior. A cobertura é revestida a camarinha de zinco, com inclinação para o interior.
Considerando o tijolo como escolha do material predominante, a ventilação natural e a energia passiva, esta habitação, não necessita de outros recursos energéticos para o seu aquecimento e arrefecimento, sendo energeticamente eficiente e respeitando o meio ambiente.
1) CORREIA, José Eduardo Horta, 1938 - A importância dos Colégios Universitários na definição das tipologias dos claustros portugueses. Coimbra: Congresso “História da Universidade”, 1991.
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Decorreu no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas, na passada quinta-feira, dia 17 de outubro. Na categoria "Habitação Unifamiliar" o vencedor foi "Casa na Cúria", Arquiteta Luisa Bebiano, atelier Luisa Bebiano Arquitectos.
O prémio foi entregue pelo Dr. Luís Roselló da Marlicel/Thalgo.
Casa na Cúria
De origem mediterrânica, o claustro assume, na Idade Média, o carácter de jardim fechado ou horto, simbolicamente conotado com o jardim paradisíaco da tradição bíblica, comportando igualmente funções de cunho utilitário, de recreio e de lazer. Durante os séculos XV e XVI o recinto claustral contrai uma feição humanista. 1
Situada num bairro residencial, num contexto rural em Anadia, esta habitação assume as características locais, como ponto de partida, destacando a paisagem e o edificado envolvente. Como premissas de projeto, havia a necessidade de se inserir num aglomerado habitacional, ter um piso superior com uma varanda voltada a sul e, em simultâneo, ter uma forte vivência interior, promovendo uma sensação de segurança. Assim, esta casa nasceu de dentro para fora, sendo o centro um espaço exterior, uma espécie de claustro, um momento de passagem e vivência, onde a relação com a natureza se faz num espaço aberto, mas encerrado por quatro galerias, com caráter de interior / exterior, num jogo de ar livre protegido. Este projeto junta o objeto arquitetónico do claustro, ao elemento construtivo da parede vazada, possibilitando uma maior ventilação e luminosidade, num espaço encerrado sobre si mesmo. Este elemento adicionado ao pátio é o Cobogó do modernismo arquitetónico brasileiro do século XX.
Esta habitação está alinhada segundo a orientação das construções preexistentes envolventes, dando uma continuidade de fachada no espaço público.
No piso térreo - garagem, arquivo, casa de máquinas e ateliers -, tem-se acesso ao pátio e às escadas de acesso ao piso superior. No piso superior, a área social (sala e cozinha) está orientada a Sudeste, e a área privada (quartos e instalações sanitárias) a nordeste.
Sendo uma zona argilosa, o tijolo, surge como o material construtivo que se liga ao local. A composição dos alçados é trabalhada plasticamente por forma a manter um diálogo de cheios e vazios, alternando panos de tijolo “cegos”, “vazados” e aberturas de vidro.
A estrutura da habitação é feita em betão armado. No piso térreo, as paredes interiores estão contruídas em blocos de betão à vista e no primeiro andar, de alvenaria de tijolo, garantindo sempre, paredes duplas, com isolamento térmico e uma caixa de ar no interior. A cobertura é revestida a camarinha de zinco, com inclinação para o interior.
Considerando o tijolo como escolha do material predominante, a ventilação natural e a energia passiva, esta habitação, não necessita de outros recursos energéticos para o seu aquecimento e arrefecimento, sendo energeticamente eficiente e respeitando o meio ambiente.
1) CORREIA, José Eduardo Horta, 1938 - A importância dos Colégios Universitários na definição das tipologias dos claustros portugueses. Coimbra: Congresso “História da Universidade”, 1991.
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Decorreu no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas, na passada quinta-feira, dia 17 de outubro. Na categoria "Habitação Unifamiliar" o vencedor foi "Casa na Cúria", Arquiteta Luisa Bebiano, atelier Luisa Bebiano Arquitectos.
O prémio foi entregue pelo Dr. Luís Roselló da Marlicel/Thalgo.
Casa na Cúria
De origem mediterrânica, o claustro assume, na Idade Média, o carácter de jardim fechado ou horto, simbolicamente conotado com o jardim paradisíaco da tradição bíblica, comportando igualmente funções de cunho utilitário, de recreio e de lazer. Durante os séculos XV e XVI o recinto claustral contrai uma feição humanista. 1
Situada num bairro residencial, num contexto rural em Anadia, esta habitação assume as características locais, como ponto de partida, destacando a paisagem e o edificado envolvente. Como premissas de projeto, havia a necessidade de se inserir num aglomerado habitacional, ter um piso superior com uma varanda voltada a sul e, em simultâneo, ter uma forte vivência interior, promovendo uma sensação de segurança. Assim, esta casa nasceu de dentro para fora, sendo o centro um espaço exterior, uma espécie de claustro, um momento de passagem e vivência, onde a relação com a natureza se faz num espaço aberto, mas encerrado por quatro galerias, com caráter de interior / exterior, num jogo de ar livre protegido. Este projeto junta o objeto arquitetónico do claustro, ao elemento construtivo da parede vazada, possibilitando uma maior ventilação e luminosidade, num espaço encerrado sobre si mesmo. Este elemento adicionado ao pátio é o Cobogó do modernismo arquitetónico brasileiro do século XX.
Esta habitação está alinhada segundo a orientação das construções preexistentes envolventes, dando uma continuidade de fachada no espaço público.
No piso térreo - garagem, arquivo, casa de máquinas e ateliers -, tem-se acesso ao pátio e às escadas de acesso ao piso superior. No piso superior, a área social (sala e cozinha) está orientada a Sudeste, e a área privada (quartos e instalações sanitárias) a nordeste.
Sendo uma zona argilosa, o tijolo, surge como o material construtivo que se liga ao local. A composição dos alçados é trabalhada plasticamente por forma a manter um diálogo de cheios e vazios, alternando panos de tijolo “cegos”, “vazados” e aberturas de vidro.
A estrutura da habitação é feita em betão armado. No piso térreo, as paredes interiores estão contruídas em blocos de betão à vista e no primeiro andar, de alvenaria de tijolo, garantindo sempre, paredes duplas, com isolamento térmico e uma caixa de ar no interior. A cobertura é revestida a camarinha de zinco, com inclinação para o interior.
Considerando o tijolo como escolha do material predominante, a ventilação natural e a energia passiva, esta habitação, não necessita de outros recursos energéticos para o seu aquecimento e arrefecimento, sendo energeticamente eficiente e respeitando o meio ambiente.
1) CORREIA, José Eduardo Horta, 1938 - A importância dos Colégios Universitários na definição das tipologias dos claustros portugueses. Coimbra: Congresso “História da Universidade”, 1991.