A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira aprovou, para o ano de 2025, um orçamento no valor de 26,5 milhões de euros, representando um aumento de 34,5% face a 2024. O município destaca como principais prioridades o investimento em habitação social e na criação de um centro de negócios.

Num comunicado emitido pela autarquia do distrito de Viana do Castelo, sublinha-se “uma governação credível e realista, assente na capacidade de execução e na garantia de sustentabilidade económico-financeira do município”.

Os documentos foram aprovados na reunião de câmara realizada na passada quinta-feira, com três votos favoráveis do PS e duas abstenções do Movimento Independente – PenCe.

Entre os investimentos mais relevantes, a autarquia destaca o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1.º Direito, que contará com um investimento de sete milhões de euros no período de 2025 a 2027.

Outros projetos de destaque incluem a criação de um Centro de Negócios (um milhão de euros), a beneficiação e conservação da rede viária municipal (800 mil euros) e a requalificação do edifício e da envolvente do Centro de Saúde (602 mil euros).

Adicionalmente, está prevista a ampliação do edifício do Centro Escolar Norte (507 mil euros), bem como a requalificação do Centro Escolar de Covas (370 mil euros).

Outros investimentos previstos incluem um Albergue de Peregrinos (353 mil euros), a requalificação da Biblioteca Municipal (329 mil euros), do Pavilhão Municipal dos Desportos (300 mil euros) e do Centro Municipal de Atletismo (97 mil euros).

Para 2025, estão ainda contemplados projetos como a adaptação para eficiência energética nas infraestruturas públicas (315 mil euros), o projeto Cerveira Território Digital (199 mil euros) e a ampliação da Creche do Centro de Apoio às Empresas (159 mil euros).

O presidente da Câmara, Rui Teixeira (PS), citado no comunicado, sublinhou que este orçamento “não promete facilidades, nem investimentos que não possam ser executados”. De acordo com o autarca, trata-se de um orçamento “o mais realista possível, sem maquilhagens ou engenharias financeiras”.

As escolhas orçamentais colocam “as pessoas no centro das prioridades, sem descurar os objetivos territoriais indispensáveis ao desenvolvimento sustentável e à ambição de implementar novos projetos para todo o concelho”, afirmou.

A autarquia reforça que os investimentos visam “o apoio às famílias, a melhoria das condições nos estabelecimentos de ensino, o reforço do apoio às IPSS e demais entidades”, mantendo a saúde das contas públicas.

O aumento de sete milhões de euros em relação ao orçamento de 2024 (19,8 milhões de euros) reflete, segundo o município, a execução de vários projetos no âmbito do novo Quadro Comunitário 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) manter-se-á no valor mínimo permitido para prédios urbanos, fixado em 0,3%, igual ao de 2024.