O Município de Óbidos vai investir 4,9 milhões de euros na construção e reabilitação de cerca de 50 habitações, permitindo alojar 156 pessoas, anunciou a autarquia.

No total, serão erguidos 28 novos fogos, dos quais 22 no âmbito do programa 1.º Direito e seis destinados a rendas controladas, alinhados com a estratégia de atração de mais famílias para o concelho, explicou à agência Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal de Óbidos, José Pereira (independente eleito pelo PSD).

Este projeto representa um investimento global de 4,9 milhões de euros, sendo 1,9 milhões financiados pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e os restantes três milhões suportados pela autarquia, revelou o responsável pelo pelouro da Habitação e Intervenção Social.

A primeira fase do projeto terá início na freguesia de A-da-Gorda, onde as novas habitações deverão estar concluídas no terceiro trimestre de 2027. Ainda nesse ano, arrancará a construção de fogos no Bairro dos Arcos, enquanto as casas situadas na Rua João de Deus, junto ao Centro de Saúde, deverão estar concluídas em 2028.

Além das novas construções, serão realizadas 19 reabilitações de imóveis municipais e cinco intervenções em habitações de beneficiários diretos, ao abrigo do Programa Re-Habitar, em parceria com a associação 'Just a Change', informou a autarquia em comunicado.

José Pereira destacou que este investimento permitirá dar resposta às necessidades habitacionais de 156 pessoas. No entanto, a autarquia pretende, num horizonte de dez anos, criar mais alternativas de habitação a preços controlados, com o objetivo de atrair cerca de 400 novas famílias para o concelho.

Sem data definida para lançamento, está em fase de planeamento um projeto para a construção de mais 82 fogos, acrescentou o autarca.

Paralelamente, a Câmara Municipal de Óbidos anunciou um reforço da resposta social ao nível da infância, com a requalificação do antigo jardim-de-infância na freguesia da Usseira e da antiga escola básica em A-dos-Negros.

Estas intervenções terão um custo de 340 mil e 460 mil euros, respetivamente, e beneficiarão de um financiamento de 92 mil euros cada, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), explicou José Pereira.

Cada uma das novas creches terá capacidade para 28 crianças e deverá estar concluída no segundo trimestre de 2026. Com estes novos equipamentos, a taxa de cobertura de creches no concelho passará de 43% para 54%, num território onde existem cerca de 220 vagas ocupadas para um total de 510 crianças em idade pré-escolar.

O reforço das políticas habitacionais integra os objetivos delineados pelo executivo municipal no âmbito da estratégia local de habitação definida há cerca de um ano.