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Opinião: Passive House – O Futuro

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Mariana de Meneses Rebelo, Arq.
Certified Passive House Designer
cedrostudio – atelier de arquitectura sustentável

 

A pobreza energética em Portugal é cada vez mais preocupante e a diferença em relação ao resto da Europa é cada vez mais elevada.
No final de 2024, a Comissão Europeia divulgou um relatório, que apresenta Portugal e Espanha como os Estados-membros da União Europeia que manifestam as três percentagens mais elevadas de pobreza energética – 20.8%, no ano de 2023. 
Muitos dos portugueses são incapazes de manter a sua casa adequadamente aquecida e minimamente confortável, pela combinação dos elevados custos da energia necessária para aquecer uma casa que não se encontra devidamente isolada e preparada para manter a climatização interior.
O custo do conforto é tão elevado que não existe forma de o manter. Com o edificado existente envelhecido e tão pobre, as diferenças de temperatura que se registam ao longo do dia, dão lugar ao aparecimento de bolores, causando mais desconforto e trazendo consequências sérias para a saúde.
A realidade é assustadora, mas não existe outra forma de alterar esta realidade sem uma intervenção bem pensada no parque edificado. E tudo seria bem diferente se as estratégias Passive House fossem tidas em conta aquando a reabilitação e construção de qualquer edifício.
O conceito Passive House, é um padrão de elevado desempenho que cumpre com a excelência do ponto de vista energético, do conforto, da saúde e da sustentabilidade, a um custo acessível. É um conceito que pode ser atingido através do rigor do projeto e execução da obra.

O custo do conforto
A construção de uma casa que cumpra com os requisitos de conforto, poupança energética, sustentabilidade, qualidade do ar e saúde, não tem de ser maior do que o investimento de uma construção corrente, e que não cumpra com os requisitos Passive House.
Contudo, os parâmetros que devemos utilizar para fazer essa comparação devem ser mais abrangentes. Aos custos comuns de projetos, licenciamentos, e construção, devemos acrescentar a utilização e manutenção do edifício, eficiência energética, e também os custos de saúde - prejuízo da qualidade do ar. 
Os edifícios Passive House necessitam de cerca de 90% menos energia para aquecimento e arrefecimento do que um edifício convencional. Isto, comparado com um investimento adicional na fase de projeto que pode incrementar menos de 5% em relação ao orçamento inicial. Estes dados representam uma enorme divergência custo/benefício, com poupanças anuais e custos de operação muito mais relevantes do que o investimento inicial ligeiramente superior.

Uma resposta Sustentável 
Na dimensão da sustentabilidade ambiental, a redução do consumo de energia nos edifícios, irá contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater as alterações climáticas. Para além disso, as medidas eficientes adotadas podem resultar em menor consumo de recursos naturais não renováveis.
Em termos de materiais utilizados, podendo o desempenho Passive House ser atingido com qualquer sistema construtivo, é-nos possível construir com materiais cada vez mais sustentáveis, como blocos de fibra de cânhamo, madeira ou argila.
Construir uma Passive House não tem de ser mais caro ou mais complicado que fazer um edifício convencional. Desde o projeto de arquitetura e especialidades, escolha de soluções construtivas, quantificações de materiais e dimensionamentos e execução de obra, é possível adaptar-nos ao método Passive House e garantir elevados níveis de desempenho energético e conforto. A decisão sobre a construção do futuro, é nossa.

 

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Contacto

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aleitao@anteprojectos.com.pt

Directora Geral

Av. Álvares Cabral, nº 61, 6º andar | 1250-017 Lisboa

Telefone 211 308 758 / 966 863 541

Opinião: Passive House – O Futuro

Categoria:  Artigos de Opinião

Publicado

Mariana de Meneses Rebelo, Arq.
Certified Passive House Designer
cedrostudio – atelier de arquitectura sustentável

 

A pobreza energética em Portugal é cada vez mais preocupante e a diferença em relação ao resto da Europa é cada vez mais elevada.
No final de 2024, a Comissão Europeia divulgou um relatório, que apresenta Portugal e Espanha como os Estados-membros da União Europeia que manifestam as três percentagens mais elevadas de pobreza energética – 20.8%, no ano de 2023. 
Muitos dos portugueses são incapazes de manter a sua casa adequadamente aquecida e minimamente confortável, pela combinação dos elevados custos da energia necessária para aquecer uma casa que não se encontra devidamente isolada e preparada para manter a climatização interior.
O custo do conforto é tão elevado que não existe forma de o manter. Com o edificado existente envelhecido e tão pobre, as diferenças de temperatura que se registam ao longo do dia, dão lugar ao aparecimento de bolores, causando mais desconforto e trazendo consequências sérias para a saúde.
A realidade é assustadora, mas não existe outra forma de alterar esta realidade sem uma intervenção bem pensada no parque edificado. E tudo seria bem diferente se as estratégias Passive House fossem tidas em conta aquando a reabilitação e construção de qualquer edifício.
O conceito Passive House, é um padrão de elevado desempenho que cumpre com a excelência do ponto de vista energético, do conforto, da saúde e da sustentabilidade, a um custo acessível. É um conceito que pode ser atingido através do rigor do projeto e execução da obra.

O custo do conforto
A construção de uma casa que cumpra com os requisitos de conforto, poupança energética, sustentabilidade, qualidade do ar e saúde, não tem de ser maior do que o investimento de uma construção corrente, e que não cumpra com os requisitos Passive House.
Contudo, os parâmetros que devemos utilizar para fazer essa comparação devem ser mais abrangentes. Aos custos comuns de projetos, licenciamentos, e construção, devemos acrescentar a utilização e manutenção do edifício, eficiência energética, e também os custos de saúde - prejuízo da qualidade do ar. 
Os edifícios Passive House necessitam de cerca de 90% menos energia para aquecimento e arrefecimento do que um edifício convencional. Isto, comparado com um investimento adicional na fase de projeto que pode incrementar menos de 5% em relação ao orçamento inicial. Estes dados representam uma enorme divergência custo/benefício, com poupanças anuais e custos de operação muito mais relevantes do que o investimento inicial ligeiramente superior.

Uma resposta Sustentável 
Na dimensão da sustentabilidade ambiental, a redução do consumo de energia nos edifícios, irá contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater as alterações climáticas. Para além disso, as medidas eficientes adotadas podem resultar em menor consumo de recursos naturais não renováveis.
Em termos de materiais utilizados, podendo o desempenho Passive House ser atingido com qualquer sistema construtivo, é-nos possível construir com materiais cada vez mais sustentáveis, como blocos de fibra de cânhamo, madeira ou argila.
Construir uma Passive House não tem de ser mais caro ou mais complicado que fazer um edifício convencional. Desde o projeto de arquitetura e especialidades, escolha de soluções construtivas, quantificações de materiais e dimensionamentos e execução de obra, é possível adaptar-nos ao método Passive House e garantir elevados níveis de desempenho energético e conforto. A decisão sobre a construção do futuro, é nossa.

 

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Mariana de Meneses Rebelo, Arq.
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A pobreza energética em Portugal é cada vez mais preocupante e a diferença em relação ao resto da Europa é cada vez mais elevada.
No final de 2024, a Comissão Europeia divulgou um relatório, que apresenta Portugal e Espanha como os Estados-membros da União Europeia que manifestam as três percentagens mais elevadas de pobreza energética – 20.8%, no ano de 2023. 
Muitos dos portugueses são incapazes de manter a sua casa adequadamente aquecida e minimamente confortável, pela combinação dos elevados custos da energia necessária para aquecer uma casa que não se encontra devidamente isolada e preparada para manter a climatização interior.
O custo do conforto é tão elevado que não existe forma de o manter. Com o edificado existente envelhecido e tão pobre, as diferenças de temperatura que se registam ao longo do dia, dão lugar ao aparecimento de bolores, causando mais desconforto e trazendo consequências sérias para a saúde.
A realidade é assustadora, mas não existe outra forma de alterar esta realidade sem uma intervenção bem pensada no parque edificado. E tudo seria bem diferente se as estratégias Passive House fossem tidas em conta aquando a reabilitação e construção de qualquer edifício.
O conceito Passive House, é um padrão de elevado desempenho que cumpre com a excelência do ponto de vista energético, do conforto, da saúde e da sustentabilidade, a um custo acessível. É um conceito que pode ser atingido através do rigor do projeto e execução da obra.

O custo do conforto
A construção de uma casa que cumpra com os requisitos de conforto, poupança energética, sustentabilidade, qualidade do ar e saúde, não tem de ser maior do que o investimento de uma construção corrente, e que não cumpra com os requisitos Passive House.
Contudo, os parâmetros que devemos utilizar para fazer essa comparação devem ser mais abrangentes. Aos custos comuns de projetos, licenciamentos, e construção, devemos acrescentar a utilização e manutenção do edifício, eficiência energética, e também os custos de saúde - prejuízo da qualidade do ar. 
Os edifícios Passive House necessitam de cerca de 90% menos energia para aquecimento e arrefecimento do que um edifício convencional. Isto, comparado com um investimento adicional na fase de projeto que pode incrementar menos de 5% em relação ao orçamento inicial. Estes dados representam uma enorme divergência custo/benefício, com poupanças anuais e custos de operação muito mais relevantes do que o investimento inicial ligeiramente superior.

Uma resposta Sustentável 
Na dimensão da sustentabilidade ambiental, a redução do consumo de energia nos edifícios, irá contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater as alterações climáticas. Para além disso, as medidas eficientes adotadas podem resultar em menor consumo de recursos naturais não renováveis.
Em termos de materiais utilizados, podendo o desempenho Passive House ser atingido com qualquer sistema construtivo, é-nos possível construir com materiais cada vez mais sustentáveis, como blocos de fibra de cânhamo, madeira ou argila.
Construir uma Passive House não tem de ser mais caro ou mais complicado que fazer um edifício convencional. Desde o projeto de arquitetura e especialidades, escolha de soluções construtivas, quantificações de materiais e dimensionamentos e execução de obra, é possível adaptar-nos ao método Passive House e garantir elevados níveis de desempenho energético e conforto. A decisão sobre a construção do futuro, é nossa.